terça-feira, 5 de março de 2013

REVOLUÇÃO DAS CÉLULAS SOLARES

O novo processo cria os componentes semicondutores em nanopartículas

    
Todos os circuitos integrados - dos chips aos processadores em particular - são fabricados a partir de grandes "bolachas" de silício - os chamados wafers. Tecnicamente, a "bolacha" de silício é o substrato onde são "moldados" os transistores e outros componentes eletrônicos, por um processo chamado litografia.

A partir disso, uma equipe sueca descobriu uma forma de fabricar um transistor sem precisar do substrato. Trata-se de uma inovação de processo, uma vez que a técnica tem potencial para transformar a forma como os circuitos eletrônicos são produzidos, permitindo com que eles sejam fabricados de forma mais rápida e, portanto, os custos sejam reduzidos. "Quanto eu sugeri a ideia de dispensar o substrato, o pessoal do meu laboratório disse 'Você está louco, Lars; isso não funcionará'," lembra Lars Samuelson, da Universidade de Lund.

O que se esperava aconteceu

"Ao testarmos o princípio em um forno adaptado, a 400°C, os resultados foram melhores do que poderíamos sonhar," disse ele. A ideia fundamenta-se em utilizar nanopartículas de ouro como um substrato temporário - e retornável - a partir do qual os semicondutores crescem na forma de nanofios.

O princípio é um avanço em relação a um trabalho anterior da equipe, quando foi possível controlar o crescimento de nanofios em escala atômica. Os nanofios são fabricados de forma controlada e com muita precisão

Sementes de ouro

As nanopartículas de ouro ficam suspensas livremente em um gás contendo os elementos necessários para o crescimento dos cristais semicondutores - silício, gálio, germânio etc. Desta forma, em vez de escavar os componentes eletrônicos em um substrato de silício dopado com esses materiais, os componentes são literalmente semeados, crescendo conforme fluem pelo interior do forno.

O crescimento dos semicondutores é controlado pelo tamanho das nanopartículas de ouro que servem de "semente", pela temperatura e pelo tempo que elas permanecem no gás. Depois de coletados, os nanofios podem ser depositados sobre qualquer material que sirva adequadamente ao propósito que se tiver em mente, podendo ser vidro, metal ou mesmo materiais poliméricos.

Células solares

O processo, além de ser extremamente rápido, é também contínuo. A fabricação atual de substratos é feita em lotes, sendo por isso muito demorada. No momento a equipe está trabalhando em uma técnica para tornar mais eficiente a coleta dos nanofios. Segundo eles, o novo processo deverá estar pronto para a indústria em cerca de dois anos. No entanto, eles prometem uma versão do processo para fabricação de células solares, que são mais simples do que os circuitos eletrônicos, embora utilizem os mesmos materiais.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

CÉLULA SOLAR 3D

Célula Solar 3D Funil 

Células solares na forma de funil são mais eficientes na geração
de cargas e tendem a aproveitar uma faixa maior do 
espectro de frequências da luz branca do sol.


Alteração elástica do material  

Uma Célula Solar no formato de funil de energia pode ser mais eficiente na captura de fótons do Sol em relação a qualquer outra tecnologia, seja a de painel solar fotovoltaico ou termossolar convencionais. Com esta proposta, uma equipe de pesquisadores chineses e norte-americanos acabam de publicar o conceito de funis solares, no qual são explorados materiais em deformação elástica. 

Esse "funil" é formado praticamente, em escala atômica sobre uma folha extremamente fina que é tocada por uma agulha, provocando rebaixamento em seu centro. Esse efeito cria um tipo novo de Célula Solar em formato de funil que é naturalmente um corpo em três dimensões. 

Os elétrons nos intervalos, quando arrancados de seus átomos pela energia contida nos fótons solares, são encaminhados para o centro dessa estrutura em formato de funil, região no qual podem ser coletados. O detalhe é que o processo é regido por forças eletrônicas, e não pela força da gravidade. 


Célula Solar – “Funil Solar” 

Com a força exercida pela agulha, é gerada uma deformação elástica que aumenta em direção ao centro do funil. Essa tensão variável muda de forma sutil a estrutura atômica do material em direção ao centro do funil, criando um gradiente que é adequado para capturar diferentes comprimentos de onda de luz solar. 

De acordo com os pesquisadores, isso pode criar um "funil de energia" capaz de recolher não apenas o espectro visível, mas também diversas seções do espectro não visível da luz solar, que possui ainda mais energia. Descobriu-se ainda que é possível criar um funil solar usando folhas monoatômicas - com apenas um átomo de espessura, como o grafeno - de dissulfeto de molibdênio (MoS2). Contrário ao grafeno, o MoS2 é naturalmente um material semicondutor, o que o torna mais apropriado para o uso nesse tipo inusitado de Célula Solar em formato de funil. 


Átomo alterado 

Se o material for deformado, induz-se uma mudança no potencial de energia dos elétrons que altera conforme a distância do centro do funil. Como isso é muito semelhante com o que ocorre ao elétron em um átomo de hidrogênio, os pesquisadores afirmam que o funil funciona como um "átomo artificial", com a diferença de que ele é muito maior em relação a um átomo de hidrogênio. 

Na Célula Solar convencional, depois de ser atingida pelo fóton, o par elétron lacuna - também chamado exciton - movimenta-se de forma desordenada pelo material, o que diminui a eficiência na geração de eletricidade. No funil solar, todos os excitons "serão recolhidos" naturalmente no funil, na extremidade do qual poderão ser coletados facilmente, aumentando significativamente a produção de energia. 

Até agora tudo funcionou de acordo com o previsto nas simulações realizadas em computador. Agora os pesquisadores se preparam para levar os dados obtidos para o laboratório e tentar fazer o conceito funcionar na prática.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

PARQUE SOLAR NO CEARÁ

O Ceará receberá o maior Parque Solar do Brasil em 2013





O Ceará poderá abrigar, até o fim de 2013, o maior parque de Energia Solar do Brasil. No total, devem ser investidos R$ 60 milhões para a instalação relativa a uma potência de 10 megawatts (MW) em Russas. Pela empresa -  Kwara - que é cearense e conta com sócios em São Paulo e dos EUA.

A elaboração do projeto tem previsão de iniciar-se até junho, deixando o Estado mais uma vez na vanguarda nacional da geração deste tipo de energia renovável. Com capacidade suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 100 mil habitantes, de acordo com o diretor geral do empreendimento, Augusto César Rodrigues, e deve atender o mercado livre de energia, ou seja, deve comercializar a energia gerada pela Usina Solar com indústrias ou grandes empresas.



O novo projeto em Russas será capaz de  abastecer  uma  cidade  com 
cerca de 100 mil habitantes 

Localização Estratégica

Com o nome de Kwara Solar Russas I, o parque conta com investimento próprio dos sócios e é planejado desde maio de 2012. Para a construção, serão utilizados 47 hectares, dos 450 hectares do terreno adquirido. O projeto já passou por audiência pública e aguarda a verificação da Chesf 

A localização do Parque Solar, segundo o diretor, foi escolhida estrategicamente. O terreno fica às margens da BR 116, em Russas - A 165 Km de Fortaleza - e a 11 Km das subestações da Companhia Energética do Ceará (Coelce) e da Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco (Chesf), onde deverá injetar a energia gerada.

"Ainda não estamos ofertando no mercado livre, mas quando tivermos, já temos prospecções. E o nosso cliente preferencial, provavelmente, deve ser o industrial", segundo o diretor Comercial, Luiz Duarte.


Demais usinas no Brasil


A capacidade instalada de 10 MW executado por Augusto é dez vezes maior que as outras duas usinas solares em atividade no Brasil. A primeira delas é o projeto de 1 MW, que opera em modo de teste em Tauá. A segunda é a da CPFL Renováveis, em Tanquinhos,  na cidade de Campinas, que possui 1,1 MW.

Augusto relatou ainda dos planos de montar, em Russas, um laboratório para trabalhar a durabilidade e o rendimento dos painéis e demais equipamentos utilizados. "O que acontece é que você não tem hoje, no Brasil, o que realmente ocorre numa placa instalada aqui. Todas os dados conhecidos foram feitos no exterior", diz.


Documentação necessária

Em relação aos documentos necessários para iniciar a obra em meados deste ano, o diretor de Operações da Kwara, Edilberto Rodrigues, diz que o projeto já tem a avaliação da Coelce e teve também a audiência pública realizada em Russas. No momento, aguarda a avaliação da Chesf. Os documentos são exigidos para a chamada consulta de acessibilidade. Todos devem ser encaminhados para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) junto com o licenciamento ambiental.

"Esses procedimentos correm ao mesmo tempo e não devem ter muitos empecilhos. O prazo legal da Chesf, por exemplo, é de 180 dias, mas acreditamos que saia antes por não ter tanta demanda para aquela área, além de ser um projeto de visibilidade", aposta.

Contudo, a instalação dos 10 MW de capacidade fazem parte apenas da primeira fase do empreendimento. A ideia é executar três projetos consecutivos com 30 MW de potência instalada cada, todas viabilizadas economicamente a partir de leilões.

"Muitos investidores vêm estudando a possibilidade de esperar pelo leilão ou avançar investindo na construção da Usina. É uma coisa que pode até mudar de rota, mas nosso direcionamento é iniciar o projeto da Kwara Solar Russas II a partir do posicionamento do governo a respeito do leilão", ressaltou o diretor de operações.

A expectativa dele é de que os pleitos ocorram entre 2014 e 2015. Com a ampliação, o projeto vai saltar para 100 MW de potência instalada e terá o investimento multiplicado por 10, chegando próximo dos R$ 600 milhões. Com a oferta, espera-se da geração para o mercado livre de energia a maior e mais forte fonte de negócios da empresa em todas as praças nas quais atuam.

Além de gerar energia para o mercado livre, a Kwara atua também na manutenção e criação de projetos elétricos e, agora, planeja atuar no ramo da micro e mini geração, com vistas à atender residências e pequenos comércios.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O SOL COMO VOCÊ NUNCA VIU



Um Sol, muitas características 

A imagem mostra a riqueza de informações que instrumentos adequados geraram
Você nunca conseguirá ver o Sol diretamente, porque isso danificaria irremediavelmente as células da sua retina.

Mesmo uma câmera comum, com um filtro adequado, não lhe daria mais do que uma imagem do disco amarelo característico da nossa estrela, que poderá aparecer um pouco mais avermelhado se ele estiver abaixo da linha do horizonte - que é o maior caminho percorrido pela luz na atmosfera terrestre e faz com que ela perca os componentes azuis.

Porém os sensores do telescópio Solar Dynamics Observatory (SDO), Observatório da Dinâmica Solar, enxergar a luz do Sol de inúmeras formas diferentes. O Sol emite luz em uma gama muito grande de comprimentos de onda, ou frequências, que incluem, além da luz visível, infravermelha, ultravioleta e até raios X, sendo estas as   mais conhecidas.

Cada um desses comprimentos de onda nos fornece informações diferentes sobre o funcionamento e o comportamento do Sol, possibilitando avaliar com mais precisão seu impacto sobre a Terra e todo o Sistema Solar. A equipe do SDO, que pertence à NASA, fez então uma colagem com as diversas imagens que os diferentes sensores do observatório fazem do Sol, mostrando a riqueza de informações possíveis a partir de instrumentos adequados.

Como exemplo, tem-se a luz amarela característica do Sol gerada por átomos com temperatura na faixa dos 5.700 ºC, e representa o que está acontecendo na superfície da estrela. No entanto, a luz ultravioleta extrema é emitida por átomos a 6.300.000 ºC, um bom comprimento de onda para estudar as erupções solares - a temperatura na atmosfera solar atinge níveis muitíssimo superiores à da sua superfície, um fenômeno para o qual ainda não existem boas explicações.

A colagem agrupa ainda imagens geradas por outros instrumentos, que mostram informações sobre magnetismo e Efeito Doppler.


Olhares sobre o Sol

Algumas das imagens usadas para compor o mosaico
A seguir, estão listados todos os comprimentos de onda observados pelo SDO, medidos em Angstroms - 1 Angstrom equivale a 0,1 nanômetro - posicionados em ordem de altitude de origem, da superfície do Sol para as regiões mais altas da atmosfera solar.

4.500: Expõe a superfície do sol, ou fotosfera.

1.700: Mostra a superfície do sol, juntamente como uma camada da atmosfera solar, chamada cromosfera, localizada logo acima da fotosfera. É onde a temperatura começa a aumentar.

1.600: Mostra uma mistura entre a fotosfera superior e a chamada região de transição, uma região entre a cromosfera e a camada mais superior da atmosfera solar, chamada corona. É na região de transição onde a temperatura sobe mais rapidamente.

304: Esta luz é emitida a partir da região de transição e da cromosfera.

171: Este comprimento de onda mostra a atmosfera do Sol, ou corona, quando ela está tranquila. Também mostra gigantescos arcos magnéticos, conhecidos como laços coronais.

193: Mostra uma região ligeiramente mais quente da corona, e também o material mais quente.

211: Este comprimento de onda mostra regiões magneticamente ativas e mais quentes na corona solar.

335: Mostra regiões magneticamente ativas e quentes na corona.

94: Essa frequência destaca regiões da corona em uma tempestade solar.

131: Frequência no qual aparece o material mais quente durante uma erupção solar.

O Observatório da Dinâmica Solar (SDO) foi inaugurado em 2010, e tem como objetivo principal analisar o funcionamento do chamado dínamo solar, uma rede profunda de corrente de plasma que gera o campo magnético solar.

Porém, os benefícios do telescópio estão indo muito além: seus instrumentos fotografam o Sol a cada 0,75 segundo e enviam de volta à Terra 1,5 terabyte de dados todos os dias.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

ENERGIA SOLAR EM CASA

Por que gerar energia solar em casa pode ser um bom negócio?

Gerar energia solar em casa hoje permite que não se tenha que pagar nada na conta de luz no fim do mês e até ficar com crédito com a distribuidora de energia

 

Com o preço da energia sendo reajustado anualmente pelas concessionárias, a energia solar é um investimento que se paga em um período entre 5 e 10 anos

Você já pensou em receber a conta de luz no fim do mês e não ter de pagar nada pela energia usada durante o mês? Melhor: já imaginou ter crédito com as companhias de energia? Pois as medidas adotadas pela Aneel na resolução 482, publicada no ano passado, são um grande passo para que isso aconteça. De acordo com as novas regras, além da regulamentação da produção de energia solar no país, há agora o sistema de compensação de créditos a favor do consumidor, o que viabiliza economicamente os sistemas de energia solar.

“É algo bastante simples. Toda energia gerada durante o dia pelo sistema de eletricidade solar será usada pelos eletrodomésticos e demais equipamentos que estão consumindo energia naquele momento. Mas se houver excedente de energia, esta quantidade será exportada para a rede da distribuidora, que retornará a energia em forma de crédito na conta do consumidor”, explica Jonas Gazoli, diretor da empresa Eudora Solar.

O crédito pode ser usado por 36 meses, inclusive em outras instalações do próprio consumidor, sendo usada durante a noite ou em dias de chuva, por exemplo, quando o sistema solar não está produzindo energia na ausência do astro-rei.

“Esse sistema permite que o consumidor tenha contabilizada a geração de energia mesmo quando não estiver usando. Na prática, ele se torna um produtor de energia em alguns momentos do dia, quando o consumo é baixo ou não há consumo”, diz Marcelo Gradella Villalva, pesquisador e professor da Unesp.

Como é mais comum as pessoas não estarem em casa durante o dia, o sistema de compensação faz com que, no final do mês, toda a energia produzida seja descontada na conta de luz, resultando em uma economia que pode chegar a 100%.


Válida para todos

A medida é tão favorável que até mesmo universidades estão fazendo uso de eletricidade solar visando a redução nos gastos.

É o caso, por exemplo, da Fumec BH (MG), que agora conta com o sistema implantado pelo engenheiro e professor da instituição Virgilio Medeiros.

“Como sou professor da disciplina energia solar, fiz com que o projeto fotovoltaico tivesse a participação dos alunos e do corpo técnico da escola para desenvolvimento de competências dentro da faculdade”, conta.

Mas se você gostou da ideia, não desanime, pois essa também é uma ótima medida para residências. “Já que toda energia gerada pelos painéis solares deixa de ser buscada na concessionária local de energia, o sistema fotovoltaico gera uma economia imediata na conta de energia elétrica”, salienta Luis Felipe Lima, proprietário da empresa Minha Casa Solar. 

A conclusão é que energia solar, além de limpa por não consumir recursos naturais, é um bom negócio.

“Nossa tarifa de energia é cara e os reajustes são anuais por causa da inflação. Apesar de o governo estar tentando baixá-las, ela vai continuar custando caro. Assim, quando você instala um sistema solar fotovoltaico, na verdade está comprando antecipadamente a energia elétrica que vai consumir durante os próximos 30 anos", afirma Marcelo Villalva, da Unesp.

"Imagine 10, 20 ou 30 anos de inflação sobre o preço atual da eletricidade. Não é preciso fazer muitas contas para perceber que é vantajoso investir em um sistema como esse”, completa o professor.

O tempo de retorno do investimento gira em torno de 5 a 10 anos, dependendo do local onde é instalado. Por último, para quem está pensando em instalar este tipo de sistema, existe mais um benefício: a valorização do imóvel, já que residências equipadas com tecnologias verdes e autossuficientes em energia tendem a ser valorizados no mercado.




Como obter desconto na Conta de Luz? 

Para gerar sua própria eletricidade com energia solar você deve instalar um conjunto de equipamentos composto por módulos fotovoltaicos, um inversor eletrônico e um quadro elétrico especial.

“A instalação do sistema demora de dois a três dias e deve ser feita por uma empresa especializada. Antes de tudo você precisa solicitar uma autorização e apresentar um projeto técnico para a concessionária de eletricidade local. Depois de instalado o sistema, você passa a receber uma fatura de eletricidade onde constam dois itens: a energia consumida e a energia produzida pela residência. Se a residência conseguir gerar 100% de sua eletricidade, você não vai pagar nada no final do mês, exceto a taxa básica de conexão à rede elétrica”, explica Villalva.

O investimento inicial gira em torno de R$ 15 mil a R$ 40 mil, dependendo do consumo da família. “Mas já existem tecnologias com micro inversores que permitem um investimento inicial menor e mais gradual. O consumidor pode montar, por exemplo, um sistema composto por apenas um ou dois painéis fotovoltaicos e aumentar a quantidade de módulos gradativamente. Isso pode reduzir o investimento inicial para cerca de R$ 5 mil a R$ 15 mil”, calcula Lima, da empresa Minha Casa Solar.

O investimento é preciso porque os módulos são diferentes dos coletores solares térmicos já conhecidos, que apenas servem para aquecer a água. Eles são feitos de células de silício ultra - puro, que transformam a luz do Sol em corrente elétrica.

Para que deem resultado, eles são ligados a um inversor, que é um equipamento eletrônico que converte a energia em corrente alternada que é usada na residência.

"O inversor é um equipamento de pequenas dimensões e pode ser instalado em qualquer lugar da casa como, por exemplo, na área de serviço ou em alguma parte externa. O inversor fica conectado à instalação elétrica da residência através de um quadro elétrico especial, que possui alguns dispositivos de segurança necessários para a operação do sistema. Feito isso, o sistema de eletricidade solar passa a alimentar a residência simultaneamente com a rede elétrica pública”, explica o professor Villalva.

Esses acessórios serão fundamentais para que a energia gerada se transforme em economia para o seu bolso.


Fonte: Revista Exame

PARQUE VILLA LOBOS SOLAR

São Paulo terá usina solar ligada à rede elétrica



O projeto, desenvolvido pela USP e pela Companhia Energética de São Paulo, será implantado no Parque Villa Lobos e pretende testar a capacidade de geração da capital



Serão instalados 2.500 painéis solares fixos para a criação da mini usina no Parque Villa Lobos

São Paulo - A Secretaria de Energia assinará nesta semana uma ordem de serviço de R$ 13,3 milhões para a construção da primeira usina solar ligada à rede elétrica de São Paulo.

O projeto, desenvolvido pela USP e pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp), será implantado no Parque Villa Lobos e pretende testar a capacidade de geração da energia fotovoltaica da capital. 

Em uma área de 10 mil metros quadrados que será anexada ao Parque, serão instalados 2.500 painéis solares fixos para a criação da mini usina. O empreendimento, com capacidade de 500 quilowatts, ajudará os pesquisadores a formar uma base de dados mais apurada sobre o potencial de irradiação e a produção deste tipo de energia na cidade.

"A ideia é que estas informações fiquem à disposição de pesquisadores que fazem estudos neste área. Além disso, será possível avaliar com mais precisão como a energia solar se integra à rede normal de energia elétrica", afirma o engenheiro Rafael Herrero Alonso, do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI). 

Responsável pela formatação do projeto, que terá duração de três anos, Alonso afirma que, com a usina, será possível ampliar o conhecimento já existente a partir do Atlas Solarimétrico do Brasil, divulgado em 2000. A usina estará interligada à rede pelo sistema Smart Grid, operado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que faz uma compensação automatizada de energia conforme a demanda. 

Os painéis no Parques Villa Lobos fazem parte das 18 propostas de empresas do setor elétrico aprovadas no ano passado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com o objetivo de tornar a energia solar economicamente viável no País, em investimentos que chegam a quase R$ 400 milhões. A intenção é de reduzir a um terço o custo de R$ 300 por megawatt/hora atuais da energia de origem fotovoltaica - a R$ 100, estaria no mesmo patamar da energia eólica.

Fonte: Revista Exame

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

TECNOLOGIA - VIDRO "SOLAR"

Vidro “solar” que gera energia pode revolucionar edifícios


Tecnologia desenvolvida por uma startup incubada pela Universidade de Oxford pode ajudar a transformar fachadas inteiras de prédios em mini usinas solares




Em tempos em que gerar energia solar em casa tem se revelado um bom negócio, a ideia de transformar um prédio inteiro em uma usina sem gastar muito dinheiro com isso pode estar próxima de se tornar realidade. A tecnologia capaz de viabilizar tal façanha está sendo desenvolvida por uma startup britânica incubada pela prestigiada Universidade de OXFORD.

O projeto inovador consiste na criação de um vidro transparente e colorido capaz de gerar energia elétrica a partir da luz solar. O pulo do gato do projeto é que ele permite transformar toda a fachada de um edifício em uma usina solar e a um baixo custo – as novas células solares representariam um incremento de 10% no valor final dos vidros para a construção civil, segundo cálculos da empresa.

Hoje em dia, o principal recurso utilizado para geração de energia solar nos prédios são os paineis fotovoltaicos, grandes estruturas instaladas no alto dos edifício. Uma empreitada que não sai barato. No Reino Unido, o metro quadrado do painel solar pode sair por até 1000 libras (cerca de 3 mil reais), ao passo que o “vidro solar” custaria no máximo 100 libras a mais (300 reais) que o valor do produto convencional. Nesta semana, a empresa OXFORD PhotoVoltaics anunciou um aporte de 2 milhões de libras que deve ajudar o negócio a atingir as vias comerciais.



Fonte: Solemio - Estratégias Ambientais
Disponível: http://solemioambiental.com.br/?p=351

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Consumidor que ceder energia solar fotovoltaica a distribuidora terá crédito na conta

Aneel aprovou sistema de compensação que valepara todo o país


As distribuidoras de energia elétrica CPFL e Elektro, que atendem a região de Campinas no Estado de São de Paulo, estão cadastrando os clientes comerciais, industriais e residenciais interessados em participar do sistema de compensação de energia elétrica. O novo programa foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em Dezembro de 2012.


A resolução autoriza os consumidores que possuem sistema de captação fotovoltaico instalados, formado por equipamentos de micro e mini geração que transformam energia solar em elétrica, possam ser conectados às redes das empresas.



Com isso, a distribuidora poderá usar a energia solar transformada após ser produzida no local, oferecendo créditos ao cliente em contrapartida, que serão abatidos na fatura. O sistema de aquecimento solar não se encaixa nesta situação.


Na resolução publicada no dia 11 de dezembro, a Aneel deixa claro que a energia será cedida como empréstimo gratuito para distribuidora e que, a partir disso, a unidade consumidora receberá um crédito em energia ativa que poderá ser consumida em 36 meses. A medida vale para todo o país.


Saiba mais


Desde o dia 15 de Dezembro de 2012, as empresas são obrigadas pela agência reguladora a se adequarem às regras e estarem preparadas para receber o pedido de instalação de micro ou mini geração distribuída. O equipamento de medição da energia gerada e utilizado para fazer conexão com a rede será pago pelo cliente.

O faturamento das primeiras unidades no sistema de compensação de energia deve ocorrer somente após março de 2013, considerando os prazos desde a solicitação do consumidor até a aprovação do ponto de conexão pela distribuidora.

A regulamentação da micro e mini geração distribuída começou a ser discutida pela Aneel em 2010, quando foi realizada consulta pública para discutir o tema. Em 2011, foi feita uma audiência pública sobre a minuta da resolução e em abril de 2012 a diretoria da agência aprovou o texto.


Veja abaixo como se cadastrar no sistema de compensação de energia:

CPFL

Os clientes da CPFL devem acessar a página da empresa na internet, clicar no ícone 'Clientes', depois 'Serviços', onde estão as informações gerais sobre o processo e os procedimentos para participar do sistema de compensação de energia elétrica. O cliente terá que ter em mãos o código do cliente (que pode ser consultado na fatura) e um documento de identificação. Outras dúvidas podem ser esclarecidas pelos telefones 0800 010 10 10, (CPFL Paulista), 0800 010 25 70 (CPFL Piratininga), 0800 774 44 60(CPFL Jaguari).

Elektro

Os clientes da Elektro devem acessar a página da empresa na internet, clicar no ícone 'Clientes', depois 'Serviço ao cliente' e vai encontrar o link 'Micro e mini geração', onde estão as informações gerais sobre o processo e os procedimentos para participar do sistema de compensação de energia elétrica. O cliente terá que baixar os formulários, preenchê-los e assiná-los antes de enviá-los para o e-mail indicado.


Cemig

Os clientes da Cemig devem acessar a página da empresa na internet, clicar no ícone 'Clientes Corporativos', depois 'Acessantes Geradores' e vai encontrar o link 'ND. 5.31 – Cartilha do Acessante', onde estão as informações gerais sobre o processo e os procedimentos para participar do sistema de compensação de energia elétrica. O cliente terá que baixar os formulários, preenchê-los e assiná-los antes de enviá-los para o e-mail indicado “geradores@cemig.com.br”.

Clique para Ampliar

Após este procedimento, serão enviadas as tabelas de prazos de respostas. Outras dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone 0800 701 01 02.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

SMART GRID – a rede inteligente do futuro


No futuro, o fornecimento de energia confiável será importante para o desenvolvimento sustentável das megacidades. As tecnologias de Smart Grid serão uma parte importante desse desenvolvimento.


O ano de 2001 ficou marcado na memória do Brasil: em consequência de uma seca prolongada, as usinas hidrelétricas estavam produzindo muito menos que o suficiente de energia derivada das suas fontes renováveis de energia. Em todo o país o consumo de energia elétrica teve de ser reduzido em 20% dentro de um período muito curto. As soluções de Smart Grid são necessárias para evitar situações como essas no futuro.


A smart grid: Comunicação inteligente entre todos os usuários da cadeia de conversão de energia.

           As Smart Grids são redes inteligentes de transmissão e distribuição de energia com base na comunicação interativa entre todas as partes da cadeia de conversão de energia. As Smart Grids conectam unidades descentralizadas de geração grandes e pequenas com os consumidores para formar uma estrutura ampla. Elas controlam a geração de energia e evitam sobrecarga da rede, já que durante todo o tempo apenas é gerada tanta energia quanto o necessário.

Um dos principais componentes das Smart Grids é o medidor inteligente. A medição inteligente ajuda a coordenar a geração de energia e o consumo de energia de modo mais eficiente, especialmente se a proporção de fontes de energia renovável continuar a crescer no futuro. Em junho de 2012, a Siemens adquiriu uma empresa de soluções de medição inteligente no Brasil.


A Siemens está trabalhando junto com o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) para desenvolver soluções de Smart Grid que ajudarão o país a atender às suas necessidades crescentes de energia de modo eficiente e confiável ao longo dos próximos anos. O Operador Nacional do Sistema Elétrico está utilizando a nossa especialização tecnológica para implementar o projeto.



Detecção precoce de flutuações perigosas na rede elétrica



Junto com a Smart Grid, a gestão eficiente da rede elétrica é um passo importante para que o fornecimento de energia seja confiável. A Siemens e a CEPEL fornecerão novos sistemas de gestão de energia para o Operador Nacional do Sistema Elétrico. A associação Siemens/CEPEL implementará uma monitoração e uma plataforma de controle padronizadas em quatro locais diferentes.


Com essa solução, será possível fornecer monitoramento flexível e em tempo real, além de controlar a rede nacional brasileira de transmissão de eletricidade. Os sistemas serão instalados no Centro Nacional de Operação do Sistema (CNOS) em Brasília e em três centros operacionais regionais em Florianópolis, Recife e no Rio de Janeiro.


Benefício de combinar produtos como o Spectrum PowerCC Information Model Manager da Siemens e o SAGE da CEPEL: o operador brasileiro de redes elétricas ONS continuará competitivo durante todo o ciclo de vida do sistema.

Estabilização de redes elétricas


Os capacitores mecanicamente comutados (MSCs) são outro modo eficiente em termos de tempo e custos para estabilizar redes elétricas. Quando o MSC é ligado ou desligado, ele pode absorver ou liberar energia em um piscar de olhos.


Os capacitores mecanicamente comutados podem, portanto, equilibrar rapidamente as flutuações antes que essas possam comprometer a estabilidade da rede de fornecimento de energia elétrica. O primeiro MSC da Siemens entrou em operação perto de Curitiba em 2011.


Os MSCs também são um exemplo dos produtos chamados de SMART (de "simple", "maintenance-friendly", "affordable", "reliable", e "timely to market"), incluindo os capacitores de custo muito baixo produzidos localmente que estão sendo testados no Brasil. Esses capacitores são perfeitamente adequados às necessidades dos segmentos do mercado em um nível básico. Os MCSs são uma inovação brasileira que está entrando com sucesso no mercado global.



Projeto pioneiro de transporte de energia



Subestações transformadoras, que transformam a alta voltagem das redes de transporte na baixa voltagem da rede de distribuição, são componentes cruciais da rota que vai das usinas de geração de energia até os consumidores em áreas urbanas densamente povoadas e megacidades.


 A subestação transformadora Anhanguera é um projeto pioneiro de transporte de energia para todo o país e um componente importante do fornecimento de eletricidade para a megacidade de São Paulo – e a Siemens já vem fornecendo suas soluções inovadoras desde o princípio. A subestação não é apenas uma fonte confiável de energia para São Paulo, mas também fornece energia para cidades vizinhas e fornece eletricidade à rede nacional.

Fonte: Portal Siemens

Disponível em: http://www.siemens.com.br/desenvolvimento-sustentado-em-megacidades/smart-grid.html?stc=brccc020017


CÉLULAS SOLARES

Silício ultrapuro


Células Solares ultrafinas 90% mais baratas


Pesquisadores da noruega fabricaram um painel solar 20 vezes mais fino do que o tradicional, e com potencial para custar muito menos. A ideia é utilizar micro gotas para fabricar estruturas na parte traseira das células solares. Mais de 90% da eletricidade gerada por painéis solares usa células feitas de silício, que possuem cerca de 0,2 milímetro de espessura.


Os dois pesquisadores afirmam esperar que sua invenção chegue aos painéis solares nos próximos cinco anos

Mesmo parecendo ser pouco, isso consome muito silício - cerca de 5 gramas por watt de eletricidade gerada. O silício é um dos elementos mais abundantes na Terra. Mas, para fabricar células solares, torna-se necessário ter um silício 99,9999% puro - e obter esse nível de pureza custa caro, o que explica o alto custo dessas células solares.

Aasmund Sudbo e Erik Marstein, da Universidade e Oslo, descobriram uma maneira de consumir menos desse silício ultrapuro e, portanto, baixar o preço dos painéis solares.


Espessura das células solares

"Quanto mais finas forem as células solares, mais fácil será extrair a energia elétrica. Em princípio, teremos uma tensão maior e mais corrente em células solares mais finas," explica Marstein.

"Estamos desenvolvendo células solares que são pelo menos tão eficientes quanto as atuais, mas que podem ser produzidas com apenas um vigésimo do silício. Isto significa que o consumo de silício poderá ser reduzido em 95%," esclarece ele.

Um grande problema em afinar as células solares é que uma porção muito grande da luz do Sol vai passar direto, sem gerar eletricidade.Por isso, os dois pesquisadores inventaram uma forma de ludibriar a luz e fazê-la ficar mais tempo em sua célula solar ultrafina.


Ao lado de cada esfera, são feitas micro recortes assimétricos, criando um padrão repetitivo


Luz que anda de lado

Esta técnica consiste em fabricar superfícies nanoestruturadas na parte posterior da célula, para orientar a luz que atravessou o silício sem produzir corrente.

"Aumentamos a espessura aparente da célula em 25 vezes forçando a luz a ir para cima e para baixo o tempo todo," explicou o pesquisador.

O material utilizado é conhecido como micro gotas de Uglestad, esferas plásticas muito pequenas, todas de igual tamanho, que criam um efeito descoberto pelo também norueguês John Ugelstad no século passado.

Ao lado de cada esfera, são feitos micro recortes assimétricos, criando um padrão repetitivo que, segundo os pesquisadores, "faz a luz andar de lado", mantendo-a mais tempo no interior da célula solar.

"Estamos agora estudando se este e outros métodos podem ser adaptados para produção em escala industrial. Acreditamos nisso, e estamos em discussões com vários parceiros industriais, mas ainda não podemos dar maiores detalhes," disse o Dr. Aasmund.