Células Solares ultrafinas 90% mais baratas
Pesquisadores da noruega fabricaram um painel solar 20 vezes mais fino do que o tradicional,
e com potencial para custar muito menos. A ideia é utilizar micro gotas para fabricar estruturas na parte traseira das células
solares. Mais
de 90% da eletricidade gerada por painéis solares usa células feitas de
silício, que possuem cerca de 0,2 milímetro de espessura.
Os dois pesquisadores afirmam esperar que sua invenção chegue aos painéis solares nos próximos cinco anos |
Aasmund
Sudbo e Erik Marstein, da Universidade e Oslo, descobriram uma maneira de
consumir menos desse silício ultrapuro e, portanto, baixar o preço dos painéis
solares.
Espessura
das células solares
"Quanto
mais finas forem as células solares, mais fácil será extrair a energia
elétrica. Em princípio, teremos uma tensão maior e mais corrente em células
solares mais finas," explica Marstein.
"Estamos desenvolvendo células solares que são pelo menos tão eficientes quanto
as atuais, mas que podem ser produzidas com apenas um vigésimo do silício. Isto
significa que o consumo de silício poderá ser reduzido em 95%," esclarece
ele.
Um grande problema em afinar as células solares é que uma porção muito grande da
luz do Sol vai passar direto, sem gerar eletricidade.Por isso, os dois pesquisadores inventaram uma forma de ludibriar a luz e fazê-la
ficar mais tempo em sua célula solar ultrafina.
Luz
que anda de lado
Esta técnica consiste em fabricar superfícies nanoestruturadas na parte posterior da
célula, para orientar a luz que atravessou o silício sem produzir corrente.
"Aumentamos a espessura aparente da célula em 25 vezes forçando a luz a ir para
cima e para baixo o tempo todo," explicou o pesquisador.
O material utilizado é conhecido como micro gotas de Uglestad, esferas
plásticas muito pequenas, todas de igual tamanho, que criam um efeito
descoberto pelo também norueguês John Ugelstad no século passado.
Ao
lado de cada esfera, são feitos micro recortes assimétricos, criando um padrão
repetitivo que, segundo os pesquisadores, "faz a luz andar de lado",
mantendo-a mais tempo no interior da célula solar.
"Estamos agora estudando se este e outros métodos podem ser adaptados para
produção em escala industrial. Acreditamos nisso, e estamos em discussões
com vários parceiros industriais, mas ainda não podemos dar maiores
detalhes," disse o Dr. Aasmund.
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