Painéis solares vão alimentar o que restou da estação brasileira na Antártica |
Módulos Meteoro e Ozônio, que ficam afastados da Estação Comandante Ferraz. [Imagem: INPE] |
Energia solar
Depois de constatar que as perdas científicas na
Antártica são menores do que se imaginava, em razão do incêndio que atingiu a
Estação Comandante Ferraz, os pesquisadores se preparam agora para cuidar do
que sobrou.
Um grupo do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) está se deslocando para a Ilha Rei George, na Antártica, onde
fica a Estação Comandante Ferraz, levando painéis solares para gerar energia
necessária para manter operacionais os equipamentos científicos não atingidos.
A instalação dos painéis solares, e de baterias
para permitir o funcionamento noturno, será feita sobre tudo no sistema de
instrumentação meteorológica, que não foi atingida pelo incêndio.
As providências permitirão que o Brasil mantenha
alguma atividade no local até que a base seja reconstruída.
Mudança
O grupo também irá avaliar as condições dos módulos
e equipamentos do INPE, praticamente os únicos a não serem atingidos pelo fogo.
Alguns instrumentos que fazem medidas sobre a
camada de ozônio, ondas de gravidade e outros parâmetros da alta atmosfera
serão transferidos e instalados em áreas de outros países que mantêm cooperação
com o Brasil.
Enquanto alguns experimentos irão para a base
chilena Presidente Eduardo Frei, também na Ilha Rei George, outros virão para a
cidade de Rio Grande, na província da Terra do Fogo, Argentina, que fica
próxima a Ushuaia (a cidade mais austral do mundo).
Instalados em módulos próximos, mas não contíguos
às demais instalações da Estação, os laboratórios do INPE chegaram a servir de
abrigo aos cientistas durante o incêndio.
Batizado de “Meteoro”, o módulo de meteorologia
fica ao lado do “Ozônio”, que contém instrumentos para estudos da camada que
envolve a Terra. Também há o “Ionosfera”, que fica a cerca de 300 metros da
estação, e o módulo “Alta Atmosfera”, situado a aproximadamente um quilômetro
de distância.
Sem tempo
No momento do acidente, especialistas do INPE
estavam na Antártica preparando a instrumentação para as medições durante o
inverno.
Não houve tempo de concluir as atividades de manutenção
e calibração dos sensores, tampouco proteger os equipamentos, que ficaram sem
energia, prejudicando estudos que necessitam de dados contínuos. Daí a
importância deste retorno à Antártica.
Fonte: Laboratório Solar Fotovoltaico – UFJF
Disponível em: http://www.ufjf.br/labsolar/2012/08/21/paineis-solares-vao-alimentar-o-que-restou-da-estacao-brasileira-na-antartica/
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