O Ceará receberá o maior Parque Solar do Brasil em 2013
A elaboração do projeto tem previsão de iniciar-se até junho,
deixando o Estado mais uma vez na vanguarda nacional da geração deste tipo de
energia renovável. Com capacidade suficiente para abastecer
uma cidade com cerca de 100 mil habitantes, de acordo com o diretor geral do
empreendimento, Augusto César Rodrigues, e deve atender o mercado livre de
energia, ou seja, deve comercializar a energia gerada pela Usina Solar com indústrias ou grandes
empresas.
Localização Estratégica
O novo projeto em Russas será capaz de abastecer uma cidade com
cerca de 100 mil habitantes
Localização Estratégica
Com o nome de Kwara Solar Russas I, o parque conta com investimento
próprio dos sócios e é planejado desde maio de 2012. Para a construção, serão utilizados 47 hectares, dos 450 hectares do terreno adquirido. O projeto já passou por audiência pública e aguarda a verificação da Chesf
A localização do Parque Solar, segundo o diretor, foi escolhida estrategicamente. O terreno fica às margens da BR 116, em Russas - A 165 Km de Fortaleza - e a 11 Km das
subestações da Companhia Energética do Ceará (Coelce) e da Companhia
Hidrelétrica do Rio São Francisco (Chesf), onde deverá injetar a energia
gerada.
"Ainda não estamos ofertando no mercado livre, mas quando
tivermos, já temos prospecções. E o nosso cliente preferencial, provavelmente,
deve ser o industrial", segundo o diretor Comercial, Luiz Duarte.
Demais usinas no Brasil
A capacidade instalada de 10 MW executado por
Augusto é dez vezes maior que as outras duas usinas solares em atividade no
Brasil. A primeira delas é o projeto de 1 MW, que opera em modo de teste em Tauá. A
segunda é a da CPFL Renováveis, em Tanquinhos, na cidade de Campinas, que possui 1,1 MW.
Augusto relatou ainda dos planos de montar, em Russas, um
laboratório para trabalhar a durabilidade e o rendimento dos painéis e demais
equipamentos utilizados. "O que acontece é que você não tem hoje, no Brasil, o
que realmente ocorre numa placa instalada aqui. Todas os dados conhecidos foram feitos no
exterior", diz.
Documentação necessária
Em relação aos documentos necessários para iniciar a obra em meados deste
ano, o diretor de Operações da Kwara, Edilberto Rodrigues, diz que o projeto
já tem a avaliação da Coelce e teve também a audiência pública realizada em
Russas. No momento, aguarda a avaliação da Chesf. Os documentos são exigidos para a
chamada consulta de acessibilidade. Todos devem ser encaminhados para a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) junto com o licenciamento ambiental.
"Esses procedimentos correm ao mesmo tempo e não devem ter muitos
empecilhos. O prazo legal da Chesf, por exemplo, é de 180 dias, mas acreditamos
que saia antes por não ter tanta demanda para aquela área, além de ser um
projeto de visibilidade", aposta.
Contudo, a instalação dos 10 MW de capacidade fazem parte apenas
da primeira fase do empreendimento. A ideia é executar três projetos
consecutivos com 30 MW de potência instalada cada, todas viabilizadas economicamente a partir de leilões.
"Muitos investidores vêm estudando a possibilidade de esperar
pelo leilão ou avançar investindo na construção da Usina. É uma coisa que pode
até mudar de rota, mas nosso direcionamento é iniciar o projeto da Kwara Solar
Russas II a partir do posicionamento do governo a respeito do leilão",
ressaltou o diretor de operações.
A expectativa dele é de que os pleitos ocorram entre 2014 e 2015. Com a
ampliação, o projeto vai saltar para 100 MW de potência instalada e terá o
investimento multiplicado por 10, chegando próximo dos R$ 600 milhões. Com a
oferta, espera-se da geração para o mercado livre de energia a maior e
mais forte fonte de negócios da empresa em todas as praças nas quais atuam.
Além de gerar energia para o mercado livre, a Kwara atua
também na manutenção e criação de projetos elétricos e, agora, planeja atuar no ramo da micro e mini geração, com vistas à atender residências e pequenos comércios.
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